O BCP, devido à sua exposição através do Bank Millennium, foi uma das cotadas mais afetadas, arrastando o índice PSI para terreno negativo.
Na sexta-feira, enquanto a maioria das praças europeias negociava em alta, a bolsa de Lisboa destacava-se pelas perdas, com o PSI a recuar 0,31%. A pressão veio diretamente de Varsóvia, onde o governo polaco anunciou planos para aumentar o imposto sobre o rendimento dos bancos de 19% para 30% já em 2026, com o objetivo de financiar o aumento da despesa em Defesa. A notícia provocou um tombo no setor bancário polaco, com o Bank Millennium, detido em 51% pelo BCP, a cair cerca de 8% na bolsa de Varsóvia.
O impacto foi imediato e severo para o banco português em Lisboa, cujas ações chegaram a desvalorizar 2,61%, para 0,7764 euros.
A queda do BCP, um dos títulos com maior peso no índice nacional, foi o principal fator para o desempenho negativo do PSI.
A Jerónimo Martins, que também tem uma forte presença na Polónia através da cadeia de supermercados Biedronka, acompanhou as perdas, contraindo 0,84%. Este evento específico da Polónia sobrepôs-se ao sentimento geral de otimismo na Europa, que aguardava positivamente o discurso do presidente da Fed, demonstrando a vulnerabilidade do mercado português a choques externos em empresas-chave.













