Esta expectativa gerou cautela e movimentos díspares nos mercados dos Estados Unidos, Europa e Ásia.

Na quinta-feira, Wall Street fechou em terreno negativo, refletindo o nervosismo dos investidores.

Os índices Dow Jones e Nasdaq recuaram ambos 0,34%, enquanto o S&P 500 cedeu 0,40%.

Os analistas descreveram o ambiente como de falta de convicção, com os mercados "em suspenso" à espera de pistas sobre a futura trajetória da política monetária. A incerteza foi alimentada por declarações de outros responsáveis da Fed, como a presidente da Fed de Cleveland, Beth Hammack, que afirmou não ver razão para cortar as taxas de juro. Na Europa, o sentimento era igualmente de cautela.

As praças europeias negociaram de forma mista e sem grandes variações, com os investidores numa espécie de "stand-by".

A sessão de sexta-feira abriu em baixa na Europa, influenciada também por dados que mostraram uma contração de 0,3% na economia alemã no segundo trimestre. Em contraste, na Ásia, a bolsa de Tóquio conseguiu fechar com uma ligeira subida de 0,05%.

Apesar da expectativa partilhada em relação ao discurso de Powell, o mercado japonês foi sustentado pela desvalorização do iene, que favorece as empresas exportadoras.

O comportamento dos diferentes mercados globais evidenciou a importância central do simpósio de Jackson Hole como o principal evento da semana, capaz de ditar a direção dos ativos a nível mundial.