A valorização foi impulsionada pelo forte desempenho da Corticeira Amorim, que beneficiou de notícias favoráveis sobre tarifas comerciais entre os EUA e a UE.

O principal índice da praça lisboeta subiu 0,43%, fechando nos 8.020,36 pontos, um nível que não era alcançado há mais de 14 anos, antes do pedido de resgate financeiro a Portugal.

A grande protagonista da sessão foi a Corticeira Amorim, cujas ações dispararam 5,24% para 8,03 euros.

Esta subida expressiva foi uma reação direta dos investidores à notícia de que os produtos de cortiça foram incluídos na lista de isenções do acordo comercial sobre tarifas entre os Estados Unidos e a União Europeia. A isenção de tarifas, que poderiam chegar aos 15%, foi vista como uma vitória para a empresa e para o setor, dissipando um fator de incerteza. Para além da Corticeira, outras empresas de peso contribuíram para o bom desempenho do índice.

O BCP valorizou 1,35%, aproximando-se dos 80 cêntimos por ação, e a Galp subiu 1,11%.

Este marco histórico para a bolsa portuguesa representou a recuperação de um patamar simbólico, sendo que Portugal foi o país que mais tempo demorou a ver o seu principal índice bolsista regressar aos níveis pré-crise, quando comparado com outros países que receberam assistência financeira.