No seu último discurso em Jackson Hole antes do fim do seu mandato, Powell reconheceu que a Fed se encontra numa "situação delicada".
Por um lado, as novas tarifas sobre produtos importados ameaçam reacender a inflação.
Por outro, alertou para o "aumento" dos "riscos negativos" sobre o emprego, sublinhando que a concretização desses riscos poderia levar a mais despedimentos.
Foi a sua abertura a uma resposta monetária que animou os mercados: "A perspetiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar o ajustamento da nossa postura política", afirmou.
Segundo Angelo Kourkafas, da Edward Jones, Powell e os restantes membros da Fed "estão hoje mais sensíveis à desaceleração do mercado de trabalho".
Esta mudança de tom foi suficiente para aumentar drasticamente as expectativas do mercado.
De acordo com a ferramenta FedWatch da CME, a grande maioria dos investidores prevê agora uma flexibilização monetária em setembro.
A probabilidade de um corte de juros subiu de 75% para 87% entre os 'traders' após o discurso, mostrando que, mesmo sem um compromisso explícito, a mensagem de Powell foi recebida como um sinal inequívoco de que a porta está aberta para um alívio monetário a curto prazo.













