Esta movimentação, que reflete a expectativa de juros mais baixos, arrastou consigo o valor do dólar.
A reação dos mercados ao tom mais complacente de Jerome Powell foi imediata e estendeu-se para além das bolsas.
No mercado de dívida soberana dos EUA, os investidores procuraram a segurança dos títulos do Tesouro, fazendo subir os seus preços e, consequentemente, baixar os seus rendimentos ('yields').
O rendimento a dois anos, que é considerado o mais sensível às perspetivas da política monetária, registou uma queda notável, passando de 3,78% no fecho de quinta-feira para 3,69%. De igual forma, o rendimento das obrigações a dez anos também recuou de forma acentuada, descendo de 4,33% para 4,25%.
Esta queda nos juros da dívida norte-americana teve um efeito direto no mercado cambial.
Com rendimentos mais baixos, os ativos denominados em dólares tornaram-se relativamente menos atrativos para os investidores internacionais, o que levou a uma desvalorização da moeda norte-americana. Como resultado, o euro avançou 1,01% face ao dólar, com a taxa de câmbio a atingir os 1,1723 dólares. Este movimento coordenado nos mercados de ações, obrigações e câmbios ilustra o impacto profundo das palavras de Powell e a forte convicção dos investidores de que a era de aperto monetário está a chegar ao fim.












