A forte desvalorização das ações do BCP foi o principal fator por detrás desta performance negativa.

Numa jornada marcada pelo otimismo internacional, a bolsa de Lisboa destacou-se pela negativa.

O índice PSI recuou 0,50%, fechando nos 7.980,23 pontos.

Das 15 empresas que compõem o índice de referência, oito fecharam com perdas, seis com ganhos e uma, a NOS, terminou inalterada.

Esta performance contrastou com o sentimento positivo vivido na Europa, onde os principais índices foram impulsionados pelo discurso de Jerome Powell.

A principal causa para o desempenho negativo de Lisboa foi a forte queda do BCP, que recuou 3,41%. A pressão sobre o banco, que tem um peso significativo no índice, foi suficiente para arrastar todo o mercado para o vermelho.

Além do BCP, outras cotadas de peso também contribuíram para as perdas, como a Jerónimo Martins (-2,43%), a Corticeira Amorim (-2,49%) e a Mota-Engil (-2,72%).

Analistas do Millenium Investment Banking sublinharam que "O PSI contrariou a tendência, com o BCP a ser arrastado pelo ambiente negativo para a banca polaca".

Desta forma, fatores específicos do mercado polaco tiveram um impacto desproporcional na praça lisboeta, sobrepondo-se ao otimismo que dominava os mercados globais.