As suas declarações em Jackson Hole, consideradas acomodatícias ('dovish'), alimentaram as expectativas de um corte nas taxas de juro já na próxima reunião de setembro.
Powell afirmou que os EUA "se aproximam do momento" em que será necessário baixar as taxas para apoiar o emprego, embora tenha alertado para os riscos inflacionários das tarifas aduaneiras.
Esta sinalização de uma política monetária potencialmente mais branda impulsionou fortemente Wall Street na sexta-feira, com os principais índices a registarem ganhos superiores a 1,5%. No entanto, na segunda-feira, este otimismo deu lugar a um movimento de realização de lucros.
Como explicou o analista Sam Stovall, os investidores anteciparam uma postura mais restritiva da Fed, mas esta "acabou antes por se mostrar acomodatícia".
A probabilidade de um corte de 25 pontos base em setembro aumentou significativamente, segundo o observatório da CME.
Contudo, a semana que se inicia trará novos dados económicos, como o crescimento do PIB, que poderão "temperar o entusiasmo atual dos investidores". Se a economia se mostrar mais resistente do que o esperado, isso poderá implicar que "a Fed não precisa de ser tão agressiva na sua baixa da taxa de juro", acrescentou Stovall.













