No entanto, o evento gerou reações díspares: enquanto os mercados acionistas pareceram ignorar a controvérsia, analistas de outros setores alertaram para as suas potenciais implicações a longo prazo.
Os artigos que cobrem o mercado de ações referem consistentemente que os investidores se mostraram "pouco afetados" ou "indiferentes" ao conflito, com Wall Street a fechar em alta na terça-feira. Esta reação sugere que os operadores de bolsa não viram no evento uma ameaça imediata à política monetária ou à estabilidade económica. Em contrapartida, uma análise focada no mercado de matérias-primas, especificamente do ouro, oferece uma perspetiva diferente. Ricardo Evangelista, da ActivTrades Europe, considera o ato uma "interferência política" que acarreta o "risco de comprometer a independência do banco central e reduzir o apelo do dólar".
Este cenário, segundo o analista, tende a favorecer o ouro, dada a sua correlação inversa com a moeda norte-americana.
A situação expõe, assim, uma clivagem na perceção de risco: os investidores de curto prazo em ações focaram-se nos lucros empresariais, enquanto os investidores em ativos de refúgio, como o ouro, mostraram-se mais sensíveis à potencial erosão da credibilidade institucional da Fed e às suas consequências para o valor do dólar.










