A cautela apoderou-se dos investidores perante a divulgação de dados sobre a inflação em economias-chave da zona euro e a expectativa de novos dados dos EUA. Apesar de uma abertura em terreno positivo, com ganhos que oscilavam entre os 0,10% em Londres e os 0,88% em Paris, o sentimento rapidamente se deteriorou.

Cerca de meia hora após o início da sessão, as perdas já eram generalizadas: o CAC 40 de Paris cedia 0,49%, o DAX de Frankfurt recuava 0,18%, e o IBEX 35 de Madrid desvalorizava 0,37%. Segundo a agência Bloomberg, este pessimismo foi alimentado por “uma séria de leituras sobre a inflação de algumas das maiores economias da zona euro”. Em França, por exemplo, a inflação anual abrandou uma décima para 0,9% em agosto, um dado que, por si só, não foi suficiente para acalmar os mercados.

A preocupação central era a forma como estes dados, em conjunto com os números da inflação a serem divulgados nos EUA, poderiam influenciar as futuras decisões dos bancos centrais sobre as taxas de juro.

A deterioração da confiança do consumidor na Alemanha, mencionada num dos artigos, também contribuiu para o ambiente de incerteza, pesando sobre o sentimento económico geral na região.