O Banco Comercial Português (BCP) esteve no centro das atenções dos investidores após o banco de investimento norte-americano Morgan Stanley ter elevado o seu preço-alvo, embora a ação tenha tido um desempenho misto nas sessões recentes, influenciada pelo sentimento setorial. A notícia central foi a avaliação mais otimista do Morgan Stanley, que continuou a recomendar a "compra" das ações do banco liderado por Miguel Maya, vendo um potencial de valorização de 11%. Esta avaliação positiva surge num contexto de forte desempenho anual para o banco, que acumulava uma subida de 55,8% até ao final de agosto, sendo uma das cotadas com melhor performance no PSI.
A reação inicial do mercado foi positiva.
Na sessão de 1 de setembro, o BCP recuperou parte das perdas da semana anterior, subindo 0,55% para 0,7280 euros.
No dia seguinte, abriu novamente em alta, com uma valorização de 0,08%.
Contudo, o impulso positivo da recomendação não foi suficiente para contrariar a tendência negativa que se instalou nos mercados europeus.
A research do Millennium destacou este ponto, afirmando que “Em Portugal o BCP recebeu mais um upgrade, mas acompanhava a correção do setor na Europa”. Consequentemente, a meio da sessão de 2 de setembro, a ação do BCP já negociava no vermelho, sendo arrastada pela queda generalizada do setor bancário e do mercado em geral.
Em resumoApesar da avaliação positiva de um grande banco de investimento, a trajetória da ação do BCP foi dominada pelo sentimento negativo mais amplo do setor bancário europeu, demonstrando que notícias positivas específicas de uma empresa podem ser ofuscadas por tendências macroeconómicas e setoriais.