Esta perspetiva de uma política monetária mais expansionista nos Estados Unidos está a ter um impacto significativo em várias classes de ativos.

No mercado do ouro, por exemplo, esta expectativa é o principal motor da sua valorização.

Segundo Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe, o metal precioso “está a registar fortes ganhos” porque as expectativas de cortes de juros “estão a pressionar o dólar e a aumentar a procura pelo ouro, refletindo a correlação inversa entre os dois ativos”.

Os mercados antecipam não apenas um corte de 25 pontos base em setembro, mas consideram também “a possibilidade de uma nova redução antes do final do ano”.

A porta para este ajuste foi aberta pelo próprio presidente da Reserva Federal, que justificou a medida com a fraqueza do mercado de emprego.

Como tal, os dados laborais dos EUA, a serem divulgados em breve, são aguardados com enorme expectativa, pois poderão confirmar ou refutar a necessidade deste corte, tornando-se um momento de “tudo ou nada” para Wall Street e, por extensão, para os mercados globais.