A Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Visabeira sobre a Martifer foi considerada “adequada” pelo conselho de administração da visada, mas contestada pela associação de pequenos acionistas, que considera o preço baixo. O conselho de administração da Martifer, após analisar o projeto de prospeto da OPA, emitiu um parecer favorável, afirmando que “a Oferta e suas condições são adequadas”. A administração baseia a sua conclusão no facto de o preço oferecido, de 2,057 euros por ação, estar “em torno do valor médio ponderado das ações transacionadas em mercado regulamentado, nos seis meses imediatamente anteriores à data da publicação do anúncio preliminar”.
No entanto, esta visão não é partilhada pela Maxyield, a associação de defesa dos investidores.
A Maxyield argumenta que o preço é uma “contrapartida não equitativa” e claramente contra o “baixo preço da oferta”.
A associação aponta que, devido à trajetória crescente da cotação, o valor da OPA “encontra-se abaixo dos valores de fecho desde o mês de Maio de 2025”. Além disso, a Maxyield alega que a reduzida liquidez da ação distorce o cálculo do preço médio e que os fundamentais da empresa justificam uma avaliação superior. Por estas razões, a associação considera “expectável o aumento da contrapartida” e lembra que “a CMVM pode recorrer a um auditor independente para fixação da contrapartida mínima”.
Em resumoA OPA sobre a Martifer revela uma clara divergência de opiniões sobre o valor da empresa. Enquanto a administração a considera adequada com base em métricas históricas, os pequenos acionistas defendem que o preço não reflete o valor justo da companhia nem a sua performance recente, abrindo a porta a uma possível revisão da contrapartida.