Esta performance colocou o banco como o principal responsável pela descida do índice PSI, refletindo a elevada sensibilidade do setor financeiro ao contexto macroeconómico e às políticas monetárias. A desvalorização acentuada das ações do banco esteve diretamente ligada à reação dos mercados aos dados do emprego nos EUA.

A perspetiva de um abrandamento económico, conjugada com a crescente probabilidade de a Reserva Federal norte-americana cortar as taxas de juro, criou um ambiente desfavorável para a banca. Taxas de juro mais baixas tendem a comprimir as margens de lucro dos bancos, o que explica a reação negativa dos investidores.

A análise da MTrader aponta que a descida das yields da dívida soberana, uma consequência direta das expectativas sobre a Fed, “penalizou o setor da Banca”.

A tendência de queda do BCP foi visível desde a abertura do mercado, altura em que já liderava as perdas com uma quebra de 1%. O sentimento negativo em torno do título intensificou-se ao longo do dia, culminando numa das piores performances entre as principais cotadas europeias do setor.