Os números revelaram uma criação de postos de trabalho muito abaixo das expectativas, sinalizando um arrefecimento da maior economia do mundo. Segundo os dados mencionados, foram criados 54.000 novos postos de trabalho no setor privado, um número consideravelmente inferior aos 106.000 criados em julho e abaixo das perspetivas dos analistas.
Esta informação provocou uma reação em duas fases nos mercados.
Inicialmente, a notícia foi interpretada como um sinal de que a Reserva Federal (Fed) teria mais margem para descer as taxas de juro, o que animou os investidores. No entanto, esta leitura otimista foi de curta duração.
Os receios de que o arrefecimento do mercado de trabalho seja um prenúncio de uma recessão económica ganharam força, levando a uma inversão abrupta do sentimento. Como referem os analistas do Millennium BCP, “os dados mostraram que o mercado laboral norte-americano está a arrefecer”, o que, embora possa ajudar a controlar a inflação, também “parece ter gerado receios económicos”.
Foi esta segunda interpretação que prevaleceu, resultando em vendas generalizadas nos setores mais expostos ao ciclo económico, como a banca e a energia.














