Esta valorização expressiva consolida o estatuto do metal precioso como o principal ativo de refúgio num contexto de crescente incerteza económica e geopolítica. A escalada do preço do ouro foi impulsionada por uma confluência de fatores.
Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe, explica que o metal "prolongou o impressionante rally iniciado na sexta-feira, após a divulgação de dados dececionantes do mercado de trabalho norte-americano, que aumentaram as apostas num corte das taxas da Reserva Federal ainda este mês". Esta perspetiva de uma política monetária mais expansionista pressiona o dólar e as 'yields' da dívida pública, tornando o ouro, que não gera rendimento, mais atrativo.
Paulo Monteiro Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, reforça esta visão, afirmando que "os fundamentos atuais apontam para um ouro cada vez mais valorizado e com condições sólidas para permanecer em máximos históricos".
Além da política monetária, a procura por segurança é alimentada pela "persistente incerteza no comércio global, a turbulência geopolítica e os receios de interferência política na Reserva Federal", conclui Evangelista. O aumento da procura é visível também no mercado físico, com empresas do setor a expandirem a sua rede de lojas.













