O mercado petrolífero reagiu a uma combinação de riscos geopolíticos acrescidos e à dinâmica da oferta e da procura.

Um dos principais fatores de instabilidade foi a rara escalada de tensão no Médio Oriente, com o ataque a autoridades do Hamas no Qatar. Segundo Konstantinos Chrysikos, analista da Kudotrade, este evento "traz implicações significativas para o mercado", uma vez que o Qatar é um importante exportador de energia e mediador diplomático, e qualquer perturbação na sua estabilidade pode afetar as expectativas de fornecimento.

Os mercados petrolíferos reagiram rapidamente, com o Brent a subir para 67 dólares.

Esta pressão ascendente ocorre num contexto já complexo, marcado por um modesto aumento da produção da OPEP+, a contínua acumulação de reservas pela China e os receios de novas sanções ocidentais à Rússia.

Adicionalmente, as tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela contribuem para o sentimento de risco no mercado, influenciando a perceção sobre a disponibilidade global de crude.

A subida dos preços reflete, assim, a sensibilidade dos mercados energéticos a eventos que possam comprometer as cadeias de abastecimento.