Nos EUA, a divulgação do Índice de Preços no Produtor (IPP) de agosto trouxe uma surpresa positiva, ao recuar 0,1% face a julho, quando se esperava uma subida. Este dado reforçou a tese de que a Fed terá margem para cortar as taxas de juro na sua próxima reunião, impulsionando o sentimento positivo nos mercados de ações, especialmente no setor tecnológico. Os investidores aguardam agora os dados do Índice de Preços no Consumidor (IPC), que serão divulgados hoje, para obterem uma visão mais completa do panorama inflacionista.
Em Portugal, a tendência foi oposta.
A taxa de inflação homóloga (IPC) acelerou para 2,8% em agosto, mais 0,2 pontos percentuais que no mês anterior, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O principal motor desta subida foram os preços dos produtos alimentares não transformados, que aceleraram pelo sétimo mês consecutivo, registando um aumento de 7,0%.
Em contraste, o índice relativo aos produtos energéticos continuou em terreno negativo.
A inflação subjacente, que exclui os componentes mais voláteis, abrandou ligeiramente para 2,4%. O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, usado para comparações europeias, situou-se em 2,5%, um valor superior à média estimada para a zona euro, indicando que a subida de preços em Portugal é mais acentuada que nos seus parceiros.













