Esta euforia reflete uma reavaliação das perspetivas económicas face a novos dados macroeconómicos.

A sessão de quinta-feira foi marcada por uma onda de otimismo em Wall Street, culminando em recordes para os seus três principais índices.

O índice seletivo Dow Jones Industrial Average valorizou 1,36%, para os 46.108,00 pontos, um novo máximo desde a sua criação em 1896.

O tecnológico Nasdaq Composite progrediu 0,72%, para as 22.043,07 unidades, e o índice alargado S&P 500 ganhou 0,85%, para as 6.587,47 unidades, ambos atingindo também novos picos históricos.

Este desempenho notável foi a reação direta dos investidores aos mais recentes indicadores económicos, que, apesar de revelarem fragilidades na economia, foram vistos como um sinal verde para a Reserva Federal (Fed) aliviar a sua política monetária. Segundo Adam Sarhan, da 50 Park Investments, "os investidores deram um suspiro de alívio", uma vez que os dados reforçam a probabilidade de uma política monetária mais expansionista.

A lógica subjacente a este entusiasmo, como explicou o mesmo analista, é que "se a Fed baixa a taxa, o custo das atividades comerciais diminui", o que "estimula ao mesmo tempo a economia real e Wall Street".

A euforia reflete, assim, a consolidação de uma narrativa onde notícias económicas negativas são interpretadas positivamente pelo mercado de ações.