A descida ocorreu após subidas recentes e foi influenciada por preocupações sobre a sustentabilidade do aumento das reservas e a evolução da procura global.

Depois de vários dias de subidas, motivadas pelo risco geopolítico associado a possíveis tarifas secundárias sobre compradores de petróleo russo, os preços do petróleo inverteram a tendência. O Brent, crude de referência na Europa, negociou em baixa, com o seu preço a recuar de níveis acima de 67 dólares por barril no início do dia para cerca de 66,37 dólares no final da sessão norte-americana.

O West Texas Intermediate (WTI), referência nos EUA, seguiu a mesma trajetória descendente.

A principal razão para esta inversão foi um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). A agência considerou que o aumento previsto das reservas de petróleo "é insustentável", especialmente depois de a produção ter atingido um máximo em agosto e de a OPEP ter decidido um novo aumento para outubro.

Esta análise levantou preocupações sobre um possível excesso de oferta no mercado, sobrepondo-se aos receios geopolíticos e exercendo uma pressão descendente sobre as cotações.

A queda nos preços do petróleo foi um dos poucos pontos de divergência num dia de otimismo generalizado nos mercados de ações.