Esta foi a primeira redução desde dezembro de 2024, situando o novo intervalo entre 4,00% e 4,25%.

A decisão do banco central norte-americano, liderado por Jerome Powell, foi justificada pelo "aumento dos riscos para o emprego e o enfraquecimento das condições laborais".

Esta medida surge num contexto de fortes críticas por parte do presidente Donald Trump, que defendia cortes mais rápidos e agressivos.

No seu discurso, Powell destacou a complexidade da situação atual, mencionando a "tensão entre os dois mandatos da Fed", com pressões inflacionistas persistentes a par do enfraquecimento do mercado de trabalho, sublinhando que "não há um caminho sem riscos" pela frente.

A decisão foi largamente esperada, com analistas a apontarem que a possibilidade de um corte de 25 pontos-base já estava totalmente incorporada nos preços dos ativos, embora alguns investidores mantivessem uma "ténue esperança" de um corte mais substancial de 50 pontos-base. Robert Lind, Economista-Chefe do Capital Group, afirmou que "o corte das taxas de juro por parte da Fed reflete os crescentes sinais de desaceleração económica e de um mercado de trabalho em retração".

Contudo, a Fed também reviu em alta as suas previsões económicas, projetando maior crescimento do PIB e inflação mais alta, o que, segundo o analista Dan Siluk da Janus Henderson, "levanta dúvidas sobre a consistência interna da trajetória da política da entidade".