O metal precioso, considerado um ativo de refúgio, reagiu às movimentações nos mercados financeiros após a decisão da Reserva Federal dos EUA.

O preço do ouro por onça 'troy' estava a recuar para 3.658,71 dólares, um valor inferior aos 3.684,71 dólares registados na quarta-feira.

Esta queda ocorre apenas dois dias depois de o metal ter alcançado um novo máximo de sempre, de 3.689,90 dólares, em 16 de setembro. A ligeira correção no preço pode ser interpretada como um movimento de realização de lucros por parte dos investidores, após a forte valorização. Tipicamente, o ouro beneficia de ambientes de taxas de juro mais baixas, uma vez que reduz o custo de oportunidade de deter um ativo que não gera rendimento. A decisão da Fed de cortar os juros é, em teoria, favorável ao ouro. De facto, o Deutsche Bank publicou uma estimativa de que o metal precioso poderá atingir uma média de 4.000 dólares por onça em 2026, impulsionado precisamente pelos cortes da Fed.

No entanto, a curto prazo, a reação do mercado foi de recuo.

Este movimento pode também estar ligado à ausência de surpresas na decisão da Fed, que já estava largamente precificada, e a um ligeiro aumento do apetite pelo risco nos mercados de ações europeus na manhã seguinte, o que diminui a procura por ativos de refúgio como o ouro.