A medida da Fed, que consistiu num corte de 25 pontos base para um intervalo entre 4,00% e 4,25%, gerou reações distintas nos mercados globais. Nos Estados Unidos, a decisão foi recebida com euforia, servindo de combustível para que os índices de Wall Street atingissem novos máximos históricos, com os investidores a anteciparem um ciclo de flexibilização monetária para apoiar a economia.

No entanto, o impacto foi marcadamente diferente no Japão.

O Banco do Japão (BoJ) reagiu com cautela, optando por manter as suas próprias taxas de juro inalteradas precisamente para "analisar mais de perto o impacto da redução das taxas norte-americanas". Esta postura de "esperar para ver" do BoJ foi recebida com pessimismo pela bolsa de Tóquio, que acabou por fechar em baixa.

Este episódio ilustra a profunda interconexão das políticas monetárias a nível mundial e como uma ação do banco central mais influente do mundo obriga outras autoridades monetárias a reavaliar as suas estratégias, podendo levar a resultados de mercado divergentes consoante o contexto económico local.