A estreia reflete o clássico adágio bolsista de "comprar no rumor, vender na notícia".

No dia em que voltou a integrar o PSI, nove anos depois da sua saída, as ações da Teixeira Duarte fecharam a cair 8,20%, tendo chegado a tombar um máximo de 9,5% durante a sessão. Esta correção surge após um período de ganhos excecionais, com os títulos a acumularem uma valorização de 672% no ano e de 35% apenas na semana anterior, em reação direta à notícia da sua promoção ao índice.

O percurso da empresa em 2025 tem sido marcado por desenvolvimentos positivos que sustentaram esta escalada.

O presidente do conselho de administração, Manuel Maria Teixeira Duarte, destacou que, "depois de anos desafiantes com transformações profundas, o grupo regressou à rentabilidade, reforçou a margem operacional e expandiu a carteira de encomendas". Entre os fatores chave contam-se a reestruturação de 654,4 milhões de euros de dívida junto da banca, o aumento do lucro para 42,4 milhões no primeiro semestre e a adjudicação de uma fatia de 440 milhões de euros no projeto da Alta Velocidade. A entrada de um novo acionista de referência, a Dualis Capital, que passou a deter mais de 10% do capital, foi também vista como um fator de estabilidade. Analistas como Nuno Mello, da XTB, admitem que "há potencial para mais ganhos, mas também existe o risco de correções caso as expectativas não sejam cumpridas", sublinhando que a sustentabilidade dos lucros será crucial.