Este ganho diário contrasta com um período difícil para o setor, que, segundo o analista Thomas Dowling Næss da SB1 Markets, viveu uma “bolha completamente normal” que atingiu o seu pico em 2020.
A subsequente correção levou a EDP Renováveis a fechar o ano passado com uma quebra de 46%.
No entanto, Næss acredita que “o reset já começou” e o mercado está a normalizar-se.
Esta visão é corroborada pelo desempenho do S&P Clean Energy Index, que acumula uma subida superior a 30% desde o início de 2025.
Paulo Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, prevê “valorização sustentada” a cinco anos, antecipando que “as energias renováveis deverão consolidar-se como um dos setores de maior crescimento em bolsa até 2030”.
Contudo, os analistas alertam para riscos como o custo do financiamento, atrasos nos licenciamentos e a dependência da inovação tecnológica.
A comparação com a bolha das ‘dotcom’ é afastada pela maioria, que sublinha a natureza tangível dos ativos das renováveis.
Henrique Tomé, da XTB, nota que “as avaliações são relativamente contidas”, e Paulo Rosa destaca que o setor se baseia em “ativos físicos, como parques solares e eólicos”, o que “gera cashflows bem visíveis”.
O critério fundamental para os investidores parece ser agora a rentabilidade, com Thomas Dowling Næss a afirmar que “o lucro é o critério de seleção número um”.














