Por outro lado, um relatório do BdP divulgado ontem revela que o setor está a sentir os primeiros efeitos do novo ciclo de taxas de juro.

No primeiro semestre, a rentabilidade sobre o capital próprio (ROE) recuou para 14,85%, uma descida de 1,44 pontos percentuais face ao ano anterior.

O BdP explica que esta deterioração se deve à “redução da margem financeira, devido à diminuição de juros recebidos em empréstimos”.

Este período, descrito como o fim do “ciclo dourado”, vê também o rácio de eficiência (cost-to-income) a agravar-se. Numa nota positiva, o relatório do BdP sublinha que a qualidade dos ativos se mantém sólida, com o rácio de crédito malparado (NPL) estável em 2,3%, e os rácios de capital robustos. O regulador afirma que “os rácios de fundos próprios totais e de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) mantiveram-se em 20,4% e 17,9%, respetivamente”, valores confortavelmente acima dos mínimos regulamentares.