Considerada a maior operação do género na bolsa angolana, o IPO envolve a venda de quase 30% do capital do BFA. A administradora do banco, Natacha Barradas, confirmou que, ainda antes do fecho do período, a procura já era superior a 100% da oferta. Para o BPI, que está a vender uma participação de 14,75%, esta operação representa um encaixe financeiro estimado em cerca de 100 milhões de euros e responde à pressão do Banco Central Europeu para que o banco português reduza a sua exposição ao mercado angolano.
As ações foram oferecidas a um preço entre 41.500 e 49.500 kwanzas, e a estreia em bolsa está prevista para a próxima terça-feira, dia 30.
Após a operação, o Estado angolano (via Unitel) e o BPI continuarão a ser os maiores acionistas, com participações de 36,9% e 33,35%, respetivamente.
A administração do BFA expressou o desejo de que a operação permita “democratizar o acesso e diversificar a estrutura acionista”, atraindo não só grandes investidores institucionais, mas também pequenos investidores angolanos.