As taxas Euribor, indexantes cruciais para o crédito na Zona Euro, apresentaram um comportamento misto na sexta-feira, com subidas nos prazos a três e seis meses e manutenção no prazo a 12 meses. A taxa Euribor a seis meses, que desde janeiro de 2024 é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou 0,014 pontos percentuais, fixando-se em 2,123%. Este prazo representa 37,96% do stock de empréstimos para habitação própria em Portugal, segundo dados do Banco de Portugal. No prazo mais curto, a Euribor a três meses subiu de forma mais acentuada, 0,020 pontos, para 2,000%.
Em contrapartida, a taxa a 12 meses manteve-se inalterada, no mesmo valor do dia anterior, 2,179%.
Estas movimentações ocorrem num contexto em que o Banco Central Europeu (BCE) optou por manter as suas taxas de juro diretoras na última reunião de política monetária, a 11 de setembro, pela segunda vez consecutiva. Esta pausa segue-se a um ciclo de oito reduções iniciado em junho de 2024.
A próxima reunião do BCE, agendada para o final de outubro, será acompanhada com atenção para perceber os próximos passos da autoridade monetária. As Euribor, que refletem as taxas a que os bancos da zona euro estão dispostos a emprestar dinheiro entre si, são um barómetro fundamental para o custo do crédito a famílias e empresas, e as suas flutuações diárias são um indicador importante da saúde do sistema financeiro.
Em resumoO ligeiro agravamento das taxas Euribor nos prazos mais curtos reflete as dinâmicas do mercado interbancário, num contexto em que o Banco Central Europeu mantém uma pausa na sua política de alívio monetário, com implicações diretas para o custo do crédito à habitação.