A empresa tornou-se alvo do terceiro "fundo abutre" em cerca de um ano, um sinal que gera desconfiança entre os investidores.

Na abertura da sessão, os títulos da construtora chegaram a ser os que mais desvalorizavam no índice PSI, com uma quebra de 1,19%. Este desempenho negativo está associado à notícia de que a Capital Fund Management comunicou uma posição a descoberto de 0,5% no capital da empresa. Com esta nova posição, o total de posições curtas ('short selling') sobre a Mota-Engil atingiu 1,6% do seu capital, o que equivale a 5,09 milhões de ações. As posições curtas são investimentos especulativos que apostam na queda do preço de uma ação. O facto de vários fundos institucionais estarem a adotar esta estratégia em relação à Mota-Engil indica que uma parte do mercado acredita que o valor da empresa irá diminuir no futuro. Esta pressão dos 'short sellers' contribui para o sentimento negativo em torno da ação, aumentando a volatilidade e a desconfiança dos restantes investidores, o que se refletiu no seu desempenho em bolsa.