No entanto, o sentimento do mercado foi influenciado pela contínua paralisação do governo dos EUA, que começa a gerar incerteza económica e a afetar o setor tecnológico.
O S&P 500 avançou 0,01% para 6.715,79 pontos e o Dow Jones subiu 0,51% para 46.758,28, ambos estabelecendo novos recordes de fecho, tendo também atingido novos máximos intradiários. Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,28% para 22.780,51 pontos.
A principal fonte de pressão sobre os mercados é o "shutdown" do governo norte-americano, que se encontra no seu quarto dia. Esta paralisação está a deixar os investidores e a própria Reserva Federal (Fed) "às escuras", uma vez que impede a divulgação de dados económicos cruciais, como o relatório oficial de emprego de setembro. Sem estes indicadores, a Fed fica sem referências para decidir a orientação das taxas de juro na sua próxima reunião, embora a expectativa de novos cortes continue a dar algum suporte ao mercado.
A incerteza é agravada pelas projeções económicas do impacto da paralisação.
Um memorando da Casa Branca, noticiado pelo jornal Politico, alerta que os EUA podem perder 15 mil milhões de dólares em Produto Interno Bruto (PIB) a cada semana que a situação persistir, e uma paralisação de um mês poderia gerar mais 43.000 desempregados.
Apesar deste cenário, o otimismo em torno do "boom" da inteligência artificial continua a alimentar o mercado, o que ajuda a explicar a resiliência do S&P 500 e do Dow Jones.













