A procura pelo metal precioso como ativo de refúgio intensificou-se perante um cenário de instabilidade política e económica global.
A escalada do ouro foi um dos temas dominantes do dia, com o metal amarelo a quebrar recordes sucessivamente, atingindo valores como 3.944,73, 3.970,08 e, finalmente, 3.977,44 dólares por onça, de acordo com diferentes reportagens ao longo do dia. Esta valorização, que representa um ganho de quase 50% desde o início do ano, é alimentada por uma confluência de fatores que aumentam a aversão ao risco entre os investidores. A paralisação parcial do governo federal dos Estados Unidos ('shutdown') e a crise política em França, com a demissão do primeiro-ministro, foram os catalisadores imediatos, levando os investidores a procurar a segurança do ouro.
Adicionalmente, a tendência de fundo é suportada por compras massivas por parte de bancos centrais, especialmente de mercados emergentes que procuram diversificar as suas reservas e reduzir a dependência do dólar americano.
A fraqueza da própria moeda norte-americana e o contexto geopolítico mais amplo, incluindo os conflitos na Ucrânia e em Gaza, contribuem para este ambiente.
Analistas de instituições como o Bank of America e o Bankinter já projetam que o ouro poderá superar a marca dos 4.000 dólares, refletindo a forte procura e a persistência dos fatores de incerteza que tornam o metal precioso um porto seguro.













