O FMI identifica duas vulnerabilidades estruturais críticas.

A primeira é o crescente envolvimento de instituições financeiras não bancárias (NBFI).

Embora estas instituições apoiem a liquidez em tempos normais, as suas estratégias, frequentemente baseadas em alavancagem e negociação de alta frequência, “podem aumentar a fragilidade do mercado durante episódios de stress”.

A segunda vulnerabilidade é a elevada concentração de intermediários ('market makers'), com quase metade do volume global a ser intermediado por um pequeno grupo de grandes bancos.

Esta concentração deixa o mercado exposto se estas instituições reduzirem a sua atividade em períodos de tensão.

O relatório sublinha que os efeitos dos choques “tendem a ser mais pronunciados para mercados emergentes”.

Perante estes riscos, o FMI apresenta cinco recomendações políticas, incluindo o reforço da supervisão do mercado através de testes de 'stress', a melhoria da recolha de dados sobre as NBFI, a garantia de reservas de liquidez robustas e o fortalecimento da resiliência operacional das infraestruturas financeiras. O FMI apela a uma ação coordenada dos reguladores para evitar uma crise de grandes dimensões.