Estes eventos estão a aumentar a aversão ao risco e a impulsionar a procura por ativos de refúgio, como o ouro, que atingiu máximos históricos. Nos Estados Unidos, o governo federal entrou na sua segunda semana de 'shutdown' (paralisação), o que já está a afetar a divulgação de importantes dados económicos, como os da criação de emprego, que são cruciais para as decisões da Reserva Federal (Fed) sobre as taxas de juro.
Esta paralisação é citada por vários analistas como um dos principais catalisadores para a subida do ouro, pois obscurece as perspetivas económicas e aumenta a incerteza.
Ricardo Evangelista, da ActivTrades Europe, afirma que a procura por refúgios seguros foi "agravada pelo encerramento do governo dos Estados Unidos".
Em França, a demissão repentina do primeiro-ministro interino, Sébastien Lecornu, mergulhou o país numa "instabilidade política sem precedentes desde o início do segundo mandato de Emmanuel Macron", segundo Antoine Andreani, da XTB França.
As consequências nos mercados foram imediatas, com os juros da dívida pública a subirem e o índice CAC 40 a registar perdas iniciais, lideradas pelos bancos. A crise política francesa ameaça "desestabilizar os mercados de dívida soberana em toda a Europa", num contexto em que a dívida pública de França já atinge 114% do PIB, a mais elevada da zona euro.













