A queda abrupta foi uma reação direta ao anúncio de novas e agressivas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos à China, gerando uma onda de aversão ao risco nos mercados globais. A agitação nos mercados foi desencadeada na sexta-feira, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a imposição de uma sobretaxa de 100% sobre as importações provenientes da China, com início a 1 de novembro. Esta medida, descrita por Trump na sua rede social Truth como uma resposta a ações comerciais "extremamente hostis" de Pequim, reacendeu os receios de um conflito económico prolongado entre as duas maiores economias do mundo.
A reação foi imediata e severa no setor das criptomoedas, conhecido pela sua volatilidade.
Ativos como a bitcoin e o ethereum sofreram liquidações em massa.
Um artigo reporta a liquidação de 9,4 mil milhões de dólares em menos de 24 horas, descrevendo o evento como "o maior colapso de sempre no mercado cripto". Outra fonte, citando uma publicação na rede social X, eleva este número para um recorde de 20 mil milhões de dólares, afetando 1,6 milhões de traders. A plataforma financeira Investing.com notou que o preço da bitcoin continuou a cair no sábado, perdendo mais 2,3%, e que os analistas observaram uma "queda no volume de compras e aumento das ordens de proteção". Apesar do pânico, Fabio Plein, da Coinbase, sugeriu que se tratava de uma "correção técnica típica após o bitcoin ter marcado um novo topo histórico".
O sentimento negativo, no entanto, foi generalizado, afetando não só as criptomoedas mas também as bolsas globais, que "recuaram em bloco" perante o risco de uma desaceleração económica e perturbações nas cadeias de abastecimento.













