A cotação do ouro ultrapassou os 4.115 dólares por onça, enquanto a prata superou os 52 dólares. A procura por segurança impulsionou os metais preciosos para valores recorde.

O ouro atingiu um pico de 4.117,13 dólares por onça, representando uma subida de 2,4% face ao fecho de sexta-feira e colocando o metal no caminho para o seu melhor ano desde 1979, com uma valorização acumulada de 56%. A prata seguiu a mesma tendência, sendo potenciada pela valorização do ouro, e alcançou um novo máximo ao ultrapassar os 52 dólares, com uma subida de 3,9% para 52,1072 dólares. A escalada dos preços é atribuída a um conjunto de fatores que aumentam a aversão ao risco entre os investidores. As renovadas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China foram um dos principais impulsionadores.

Adicionalmente, incertezas políticas, como a paralisação parcial do governo norte-americano ('shutdown') e a crise política em França, contribuíram para a procura por ativos seguros.

Segundo o analista Adrián Hostaled, a subida é explicada pelos "constantes fluxos de capital para os ETF [fundos de índices cotados] de ouro" e pelas crescentes expectativas de que a Reserva Federal norte-americana proceda a novos cortes nas taxas de juro diretoras, o que torna o ouro, um ativo não remunerado, mais atrativo. Este cenário de instabilidade global solidifica o papel do ouro e da prata como portos seguros para os investidores.