Algumas previsões apontam para que a onça possa atingir os 5.000 dólares no próximo ano.

Numa altura em que o ouro renova máximos históricos, uma onda de revisões otimistas por parte dos analistas financeiros tornou-se uma prática comum.

O Bank of America foi o mais recente a juntar-se a esta tendência, elevando a sua estimativa para o próximo ano para 5.000 dólares por onça. O Goldman Sachs também se destacou, aumentando a sua previsão para dezembro de 2026 para 4.900 dólares. Outras instituições seguiram o exemplo: o UBS aponta para 4.200 dólares nos próximos meses, enquanto o HSBC, Commerzbank e Deutsche Bank também reviram as suas projeções em alta.

Esta revisão generalizada reflete um conjunto de fatores estruturais que sustentam a procura pelo metal dourado.

Um dos pilares fundamentais é a compra massiva por parte dos bancos centrais, com a China a liderar este movimento, duplicando a média de aquisições dos últimos cinco anos.

Paralelamente, o contexto de política monetária expansionista nos EUA, com a expectativa de novos cortes de juros pela Reserva Federal (Fed), torna o ouro mais atrativo face a ativos remunerados.

A fraqueza do dólar americano e as persistentes tensões geopolíticas, incluindo as ameaças tarifárias de Donald Trump, completam um cenário favorável que mantém elevada a procura por proteção e diversificação, sustentando a trajetória ascendente do ouro.