As gerações mais jovens em Portugal estão a alterar os seus padrões de investimento, com uma preferência crescente por ações e ETFs em detrimento do imobiliário para a construção de riqueza a longo prazo. Esta tendência reflete uma mudança de mentalidade e maior acessibilidade aos mercados de capitais. De acordo com dados da Revolut, esta mudança é evidente no grupo etário dos 18 aos 24 anos em Portugal. Neste segmento, 44% dos jovens apontam as ações e os ETFs (fundos cotados em bolsa) como a sua principal escolha de investimento, em contraste com apenas 31% que continuam a preferir o imobiliário. Esta tendência difere da população portuguesa em geral, onde 42% ainda consideram o imobiliário a principal opção.
A plataforma de investimento revela que 56% de todos os seus investidores no país têm entre 18 e 34 anos, demonstrando o papel significativo desta nova geração na participação no mercado de capitais.
Rolandas Juteika, Head of Wealth and Trading da Revolut, afirma que "há uma mudança clara na forma como as gerações mais jovens estão a abordar a construção de riqueza". Segundo Juteika, os jovens "estão a começar mais cedo, a investir quantias mais pequenas e a utilizar ferramentas que antes estavam reservadas a investidores profissionais".
Esta mudança é atribuída ao aumento da literacia financeira, à maior acessibilidade proporcionada por novas plataformas digitais e também aos elevados preços da habitação, que dificultam a entrada no mercado imobiliário.
Entre os produtos preferidos pelos jovens investidores portugueses destacam-se os ETFs que seguem o índice norte-americano S&P 500.
Em resumoUma nova geração de investidores em Portugal está a dar prioridade ao mercado de capitais, com ações e ETFs a ultrapassarem o imobiliário como o veículo de investimento preferido. Fatores como a maior literacia financeira, a acessibilidade das plataformas digitais e o elevado custo da habitação explicam esta mudança de paradigma.