O ouro superou a barreira dos 4.115 dólares por onça, enquanto a prata ultrapassou os 52 dólares.

Num dia marcado pela aversão ao risco, os investidores procuraram massivamente a segurança dos metais preciosos.

O preço do ouro atingiu um recorde histórico de 4.117,13 dólares por onça, acumulando uma valorização de 56% no ano, o que o encaminha para o seu melhor desempenho desde 1979. A prata seguiu a mesma trajetória, alcançando um máximo de 52,1072 dólares, com uma valorização anual superior a 79%.

Segundo o analista Adrián Hostaled, a subida foi impulsionada por uma confluência de fatores: as tensões comerciais entre os EUA e a China, os "constantes fluxos de capital para os ETF de ouro" e as crescentes expectativas de novos cortes das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana.

A incerteza política, nomeadamente a paralisação do governo nos EUA e a crise em França, também contribuiu para a forte procura.

O otimismo em relação ao ouro é partilhado pelas principais casas de investimento, com o Bank of America a elevar a sua estimativa para 5.000 dólares por onça no próximo ano e o Goldman Sachs a prever um preço de 4.900 dólares até dezembro de 2026, sublinhando que "a perspetiva de risco para a nossa previsão revista do preço do ouro mantém-se inclinada para cima".