Os números superaram as expectativas em vários casos, embora não tenham sido suficientes para suster o otimismo do mercado face a outras preocupações macroeconómicas.

O setor financeiro abriu as hostilidades da "earnings season" com uma demonstração de força. A BlackRock apresentou uma receita de 6,51 mil milhões de dólares, acima do esperado pelos analistas. No setor bancário, os lucros cresceram de forma expressiva: a Wells Fargo viu o seu lucro aumentar 9% para 4,83 mil milhões de dólares, o do JPMorgan saltou 12% para 14,4 mil milhões de euros, o do Citigroup teve um salto de 16% para 3,8 mil milhões de euros, e o lucro da Goldman Sachs disparou 37% para 4,10 mil milhões de dólares.

Apesar destes números positivos, o seu impacto no sentimento geral do mercado foi limitado.

Como referiu o analista Ramiro Loureiro, o dia que "marcou o arranque oficial da earnings season" foi dominado pela volatilidade e pelos "receios de reacendimento da guerra comercial entre os EUA e a China". Os resultados sólidos da banca não foram suficientes para compensar as preocupações macroeconómicas, demonstrando que, no atual contexto, os fatores geopolíticos e de política monetária estão a ter um peso superior nos mercados do que os fundamentais das empresas.