A apresentação do orçamento de Estado e a possibilidade de moções de censura contra o governo de Sébastien Lecornu pesaram no sentimento do mercado, especialmente no início da sessão. A situação política em França foi um dos focos de atenção na Europa.
O governo do primeiro-ministro Sébastien Lecornu apresentou as linhas gerais do seu projeto de orçamento para 2026, um processo que se antevê tenso e que poderá levar a moções de censura. Esta possibilidade de instabilidade governamental contribuiu para a queda da bolsa de Paris, com o índice CAC 40 a negociar em baixa.
A crise política francesa foi citada, a par das tensões EUA-China e do "shutdown" americano, como um dos fatores que alimentaram a incerteza global e a procura por ativos de refúgio como o ouro. No entanto, os analistas do Bankinter notaram que, apesar da crise que levou à demissão e renomeação de Lecornu, o mercado de dívida soberana francesa aguentou "surpreendentemente bem", o que consideram "mais uma prova do quão bem o mercado tolera os riscos abertos". Apesar desta resiliência no mercado de obrigações, a incerteza política em Paris foi um elemento que contribuiu para o sentimento de cautela que dominou as praças europeias.











