Esta perspetiva impulsionou os índices acionistas e a procura por ativos de refúgio como o ouro.
Num discurso na Associação Nacional de Economia Empresarial, Jerome Powell adotou uma postura considerada "dovish" (branda), sinalizando que a autoridade monetária está atenta aos riscos económicos e preparada para agir. O presidente da Fed considerou que uma desaceleração nas contratações é um perigo para a economia e admitiu que a paralisação do governo ("shutdown") começa a ter impacto, dificultando o acesso a dados económicos cruciais para as decisões de política monetária. No entanto, a sua mensagem principal foi interpretada como um forte indício de que poderá haver um novo corte nas taxas de juro em breve.
O analista Henrique Valente destacou que Powell sublinhou que o banco central "continuará a atuar de forma cautelosa e dependente dos dados".
Esta perspetiva foi um dos principais catalisadores do dia, com analistas da XTB a referirem que "os comentários dovish de Powell" contribuíram para as recuperações nos índices, não só nos EUA mas também na região da Ásia-Pacífico. A expectativa de uma política monetária menos restritiva, com estimativas a apontarem para um corte de 25 pontos base em outubro e outro em dezembro, levou os investidores a reposicionarem as suas carteiras, favorecendo ativos de maior risco como as ações e ativos de refúgio como o ouro, que beneficia de um dólar mais fraco e de juros mais baixos.














