Fatores como a paralisação do governo dos EUA, as tensões comerciais entre Washington e Pequim e os conflitos militares no Médio Oriente e na Ucrânia levaram os investidores a procurar a segurança do ouro.

Ricardo Evangelista, da ActivTrades Europe, afirma que "a procura pelo metal precioso mantém-se robusta, sustentada por fortes fluxos de refúgio seguro e pela perceção crescente de que o sentimento no seio da Reserva Federal se está a tornar cada vez mais dovish". A subida foi também fortemente influenciada pelos comentários do presidente da Fed, que reforçaram as apostas em cortes nas taxas de juro. Taxas mais baixas diminuem o custo de oportunidade de deter ouro, que não paga juros, e tendem a enfraquecer o dólar.

Vários analistas já projetam que o ouro possa atingir os 5.000 dólares no próximo ano, com bancos como o Bank of America e o Goldman Sachs a reverem em alta as suas previsões para 2025 e 2026.

A forte procura por parte dos bancos centrais e uma tendência mais ampla de desdolarização são também citadas como fatores de suporte a longo prazo.