Segundo os analistas, esta escalada deve-se a uma combinação de fatores, incluindo o aumento da tensão comercial entre os Estados Unidos e a China, a perspetiva de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana e a instabilidade gerada pelos conflitos bélicos no Médio Oriente e no Leste da Europa. A procura pelo ouro tem sido robusta, não só por parte de investidores individuais, mas também de bancos centrais, especialmente de países em desenvolvimento, que procuram diversificar as suas reservas e reduzir a dependência do dólar. De acordo com os artigos, só este ano, o metal amarelo já se valorizou cerca de 66%, beneficiando da debilidade do dólar e das “compras maciças por parte de vários bancos centrais”. A prata, frequentemente designada como a 'parente pobre' do ouro, também acompanhou a tendência, atingindo um novo máximo histórico de 54,479 dólares por onça. A forte procura pelo metal precioso é vista como um “comércio da desvalorização”, onde os investidores procuram proteção contra a erosão do valor das moedas fiduciárias e dos títulos de dívida pública num ambiente de inflação crescente.