A proposta visa combater a fragmentação do mercado europeu e aumentar a sua competitividade global.
No seu discurso no parlamento alemão, Merz sublinhou a necessidade de um mercado de capitais mais integrado para que empresas europeias de sucesso, como a BioNTech, não sintam a necessidade de se listar em bolsas norte-americanas como o Nasdaq. O chanceler alertou que o futuro da prosperidade europeia está em jogo, questionando se o continente se manterá como “um ator relevante na economia global” ou se se tornará “um peão entre os dois grandes centros económicos dos EUA e da Ásia”.
A proposta encontrou apoio imediato junto dos principais operadores de mercado.
Stéphane Boujnah, CEO da Euronext, que gere as bolsas de Lisboa, Paris, Milão e outras, saudou a iniciativa, afirmando que a sua empresa “está pronta para contribuir para o próximo nível de consolidação dos mercados na Europa para criar um pool de liquidez mais profundo”. Também a Deutsche Börse, operadora da bolsa alemã, acolheu favoravelmente a proposta, embora criticando a atual fragmentação do mercado europeu, onde existem mais de 500 plataformas de negociação. Apesar do consenso sobre a necessidade de consolidação, o caminho enfrenta desafios significativos, incluindo interesses nacionais e preocupações com a concorrência, como evidenciado pelo chumbo da fusão entre a Deutsche Börse e a London Stock Exchange em 2017.












