Acompanhando a forte tendência de valorização dos metais preciosos, a prata também atingiu um novo máximo histórico, embora o seu desempenho tenha sido ofuscado pela escalada recorde do ouro. Descrita em várias análises como a “parente pobre” do ouro, a prata beneficiou do mesmo ambiente de aversão ao risco que impulsionou a procura por ativos de refúgio. A cotação da prata alcançou o valor de 54,479 dólares por onça (equivalente a 46,5 euros por 28,3 gramas), estabelecendo um novo pico histórico. Este movimento ocorreu em paralelo com a subida do ouro para perto dos 4.400 dólares por onça. A valorização da prata é sustentada pelos mesmos fatores que influenciam o mercado do ouro: a instabilidade no setor bancário norte-americano, as tensões geopolíticas e comerciais, a expectativa de uma política monetária mais acomodatícia por parte da Reserva Federal dos EUA e a fraqueza geral do dólar.
Como metal com aplicações tanto industriais como de investimento, a prata beneficia duplamente em certos cenários económicos. No entanto, o seu papel como ativo de refúgio é geralmente considerado secundário em relação ao ouro, o que explica a menor atenção mediática, apesar do seu desempenho igualmente recorde.
A subida simultânea dos dois principais metais preciosos reforça a narrativa de uma fuga de capital de ativos de maior risco para portos seguros, num reflexo da crescente incerteza que paira sobre os mercados financeiros globais.
Em resumoNa esteira da subida do ouro, a prata também alcançou um novo recorde histórico, cotando a 54,479 dólares por onça. O movimento reflete a procura generalizada por ativos de refúgio, impulsionada pela instabilidade no setor financeiro e pelas incertezas macroeconómicas globais.