Este marco insere-se numa tendência mais ampla de forte valorização dos metais preciosos, com o ouro a disparar 65% no ano, num contexto de tensões geopolíticas e comerciais que elevam a incerteza económica e alimentam a procura por ativos de refúgio. A subida da prata é atribuída não só ao seu estatuto de ativo de refúgio, semelhante ao do ouro, mas também a preocupações com a escassez da oferta física, registada recentemente em Londres.

Contudo, vários especialistas alertam para os riscos significativos associados ao investimento neste metal.

Analistas citados pela agência Efe destacam que o mercado da prata é relativamente pequeno, o que o torna muito suscetível a flutuações de preço rápidas e bruscas e, consequentemente, mais volátil.

A Activotraders assinala o risco associado à "compra excessiva e volatilidade", observando "uma elevada tensão no comportamento do preço de alguns metais".

A gestora de ativos Jupiter AM corrobora esta visão, apontando que a prata tende a acompanhar as tendências do ouro, mas com subidas e descidas mais acentuadas. O especialista Manuel Pinto realça ainda o risco de uma escassez de oferta poder afetar várias indústrias, dado que a prata possui propriedades práticas que a tornam um componente valioso.

Assim, apesar dos ganhos atrativos, os investidores são aconselhados a ter cautela devido à volatilidade intrínseca do ativo.