Este movimento de correção surge após um período de euforia alimentado pela adjudicação de grandes projetos de infraestruturas públicas.
O setor da construção vive uma "era dourada" na bolsa nacional.
Só este ano, a Mota-Engil e a Teixeira Duarte viram a sua capitalização bolsista conjunta aumentar em quase 1.110 milhões de euros. A Mota-Engil acumula uma valorização de 97,5% em 2025, enquanto a Teixeira Duarte, que regressou ao PSI há um mês, regista uma subida estratosférica de 717,7%. Este desempenho notável é justificado pelo robustecimento das suas carteiras de encomendas com projetos de grande envergadura, como a participação no consórcio vencedor do primeiro troço da linha de Alta Velocidade.
A Mota-Engil, em particular, tem anunciado sucessivos contratos de elevado valor no México, Brasil e África. Apesar da forte queda de ontem (Mota-Engil -3,68%, Teixeira Duarte -5,57%), os analistas mantêm-se otimistas.
Pedro Lino, CEO da Optimize, afirmou: "Estamos confiantes na execução que a empresa está a apresentar e no futuro da construção em Portugal que consideramos ainda não estar incorporado no atual preço da ação". Da mesma forma, Pedro Barata, gestor da GNB, acredita que a Mota-Engil "tem vindo a conseguir mais e maiores obras, muitas delas com margens superiores", o que justifica uma visão otimista para o futuro da empresa.














