O setor da construção na bolsa portuguesa viveu um dia de forte valorização, com a Mota-Engil e a Teixeira Duarte a liderarem os ganhos do PSI. O desempenho notável destas empresas reflete o otimismo gerado pela adjudicação de novos contratos de grande envergadura e a perspetiva de um ciclo de investimento robusto em obras públicas. As ações da Mota-Engil e da Teixeira Duarte foram as grandes estrelas da sessão de ontem em Lisboa, registando subidas de 1,91% e 1,55% na abertura, e intensificando os ganhos para 2,69% e 2,79%, respetivamente, a meio do dia. Este desempenho insere-se numa tendência de valorização extraordinária em 2025, ano em que a Teixeira Duarte já multiplicou o seu valor de mercado por oito e a Mota-Engil duplicou. O catalisador recente para a Mota-Engil foi o anúncio de novos contratos no México, no valor de mais de 1.000 milhões de euros, o maior dos quais para construção ferroviária.
Ambas as empresas são também beneficiárias do projeto de Alta Velocidade em Portugal.
Pedro Lino, CEO da Optimize, expressou confiança, afirmando que o “futuro da construção em Portugal que consideramos ainda não estar incorporado no atual preço da ação” da Mota-Engil.
A forte valorização reflete a recuperação financeira das empresas e o robustecimento das suas carteiras de encomendas, que as posiciona para beneficiar de um novo ciclo de investimento. Juntas, as duas construtoras já adicionaram mais de 1.100 milhões de euros à sua capitalização bolsista este ano.
Em resumoAs construtoras Mota-Engil e Teixeira Duarte foram os principais motores da bolsa de Lisboa, com as suas ações a dispararem em reação a novos contratos multimilionários e a um ambiente favorável ao investimento em infraestruturas, consolidando um ano de valorizações excecionais.