A desvalorização reflete uma mudança no sentimento de risco dos mercados e a influência de outros fatores macroeconómicos. Depois de uma subida de 50% este ano, vista por muitos como um sinal de falta de confiança noutros ativos, os preços do ouro recuaram para o nível mais baixo em mais de uma semana, travando pouco acima do nível psicológico de 4.000 dólares por onça. Segundo Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe, as perdas recentes refletem “uma melhoria no sentimento de risco dos mercados após uma diminuição das tensões comerciais entre os EUA e a China”. Outros fatores de pressão incluem o fortalecimento recente do dólar americano, que tem uma correlação inversa com o metal precioso, e a realização de lucros por parte de investidores, uma vez que, do ponto de vista técnico, o ouro se encontrava em território de sobrecompra. Apesar desta correção, na manhã de quinta-feira o ouro recuperava parte das perdas, subindo 1,58%.
A questão que se coloca agora é se o rally terminou.
Analistas como Ricardo Evangelista mantêm-se cautelosos em apostar contra novas subidas, citando a “turbulência geopolítica persistente, a incerteza económica, as expectativas de políticas monetárias mais dovish e as contínuas compras por parte dos bancos centrais” como fatores de suporte.














