A Reserva Federal americana (Fed) procedeu a uma descida das taxas de juro em 0,25 pontos percentuais, naquela que foi a segunda redução consecutiva.
No entanto, o presidente da Fed, Jerome Powell, moderou o entusiasmo do mercado ao afirmar que um novo corte em dezembro estava "longe de ser certo".
Esta declaração, descrita como uma surpresa, injetou "incerteza na trajetória da política monetária até ao final do ano" e contribuiu para atenuar o otimismo dos investidores.
Do outro lado do Atlântico, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as suas taxas de juro de referência inalteradas, numa decisão que já era esperada. A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a instituição se encontra "em boa posição" do ponto de vista monetário, mas ressalvou que "não é um lugar fixo", deixando a porta aberta a futuras alterações. A pausa do BCE é justificada, em parte, pela persistência da inflação subjacente ('core'), que se manteve nos 2,4%, acima do objetivo de 2% do banco central. Esta divergência de ações e a comunicação cautelosa de ambos os bancos centrais refletem os diferentes desafios económicos que cada região enfrenta e deixam os mercados a ponderar os próximos passos, num cenário de dados económicos escassos nos EUA devido à paralisação do governo.













