A reação violenta dos investidores seguiu-se à divulgação de resultados trimestrais que mostraram uma deterioração generalizada do desempenho operacional da empresa.
As ações chegaram a afundar 7,3% durante a sessão, a maior queda diária desde março de 2020, negociando abaixo dos 7 euros pela primeira vez desde maio de 2016.
A empresa fechou a perder 5,87%.
A penalização do mercado surgiu em resposta aos resultados dos primeiros nove meses do ano, que evidenciaram uma quebra de 4,5% nos lucros consolidados, para 45,7 milhões de euros, e um recuo de 6,8% nas vendas, para 676,5 milhões de euros. O CEO António Rios de Amorim classificou o contexto como “mais desafiante do que inicialmente previsto”, citando as tensões geopolíticas e a crise no setor vitivinícola, principal mercado para as rolhas de cortiça. Segundo o CEO, a empresa foi condicionada por um “contexto de elevada incerteza e reduzida previsibilidade, com impacto nos níveis de consumo e levando os nossos clientes a adotarem políticas de compra mais prudentes”. Apesar de a empresa ter conseguido uma redução significativa da sua dívida líquida, os investidores focaram-se na quebra operacional, sinalizando uma forte preocupação com as perspetivas futuras da empresa num setor que enfrenta desafios estruturais.











